Com o objetivo de prestar um atendimento de qualidade e melhorar cada vez mais a jornada do paciente na instituição, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) apresenta o Programa Ensinando a Cuidar, criado em 2016, com uma estratégia de ensino intra-hospitalar iniciada na unidade de internação durante o período de hospitalização para tratamento clínico e cirúrgico em oncologia.
Com o propósito de capacitar, o projeto ensina na prática familiares/cuidadores de pacientes oncológicos internados ou em processo de consultas ambulatoriais a darem continuidade ao cuidado que é prestado no hospital em casa. A atividade é coordenada pelo Grupo de Educação gerenciado por Enfermeiros e o Centro de Treinamento Oncológico (CETO) com participação da equipe multiprofissional (Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Reabilitação).
Durante o planejamento, a equipe multidisciplinar responsável caracteriza a elegibilidade do paciente na inserção do Programa com base em alguns critérios que são: cateter nasoenteral, vesical de demora, ostomias, drenos, risco para lesão por pressão e risco para queda. Com isso, é feito um convite, presencialmente no setor de internação ou por telefone quando o paciente for ambulatorial, para acompanhantes participarem das aulas que acontecem no CETO, onde se é disponibilizado um manequim no laboratório de Simulação Realística para a orientação prática dos cuidados.
Os temas das capacitações são escolhidos a partir de um diagnóstico das maiores dificuldades de cuidados em domicílio e/ou motivos de vindas ao Centro de Atendimento de Intercorrências Oncológicas (CAIO). Cada tema é desenvolvido em conjunto com o grupo de educação e a equipe multidisciplinar envolvida na temática específica, sendo ministrada pelo profissional de referência.
Objetivos:
•Promover segurança ao familiar/cuidador na continuidade dos cuidados após a alta hospitalar na residência.
• Promover a autonomia e o autocuidado para que o paciente seja inserido no contexto social mesmo portando dispositivos, de forma que ele consiga desenvolver suas atividades de vida diária.
•Reduzir o número de eventos adversos em decorrência da falta de conhecimento e manuseio dos dispositivos.
•Minimizar tabus, receios, medos, ansiedades que, porventura, possam surgir do paciente e do familiar/cuidador que assumirá esse cuidado na residência.