O Icesp promoveu no domingo, 9 de março, um evento na Avenida Paulista para a conscientização sobre o Papilomavírus Humano (HPV) com a vacinação de crianças e jovens. A ação aconteceu das 10h às 14h, na calçada do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e contou com atividades diversas para a conscientização sobre o HPV.
O evento foi realizado em conjunto com a Fiesp e a Sociedade Internacional de Papilomavírus (IPVS), e liderado pela Dra. Lara Termini, do grupo de HPV do Icesp, chefiado pela Profa. Dra. Luisa Villa. Contou também com o apoio da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, do A.C.Camargo Cancer Center e do Instituto Lado a Lado Pela Vida.
“Estamos hoje reunidos para divulgar sobre o HPV, os tumores que causa e como prevenir-se. Só com o conhecimento conseguimos ter uma saúde melhor e é fundamental poder levar isso para tantas pessoas e tratar deste importante problema de saúde pública, o HPV. Também teremos vacinação para meninas e meninos, então a expectativa é enorme. É uma grande oportunidade para todos que estiverem andando na Avenida Paulista, este evento que o Icesp organizou”, comenta a chefe do laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia (CTO) do Icesp, Profa. Dra. Luisa Lina Villa.
Neste ano, a iniciativa incluiu a vacinação gratuita para jovens e crianças de 9 a 19 anos que nunca tomaram nenhuma dose da vacina. Ao longo do dia, 27 pessoas receberam a imunização, que foi realizada pela equipe da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo com a vacina quadrivalente (HPV4), a mesma oferecida pelo SUS.
O vírus apresenta mais de 200 tipos, e sua principal forma de transmissão é por meio de atividade sexual. A infecção por alguns tipos virais está associada ao desenvolvimento de cânceres como do colo uterino, vagina, vulva, ânus, boca e garganta e pênis, e a vacinação é a maneira mais eficaz de prevenção.
“A importância desta ação é a disseminação de informações corretas, até para ir contra as fakes news em relação a vacinação. Além disso, buscamos mostrar a importância da prevenção primária, que é a vacina, e da prevenção secundária, que no caso do câncer do colo uterino envolve a realização do Papanicolaou e, agora, o teste de HPV para verificar se existe alguma lesão pré-neoplásica e até mesmo um câncer. Dessa maneira, é possível tratar-se a tempo, antes que se torne uma doença incurável”, explica a pesquisadora do CTO do Icesp, Dra. Lara Termini.
A programação contou com a distribuição de conteúdo informativo, como a edição especial da revista da Turma da Mônica Jovem sobre o HPV, criada pelo Icesp. Além disso, profissionais do Instituto estiveram à disposição do público para o esclarecimento de dúvidas e fornecer orientações sobre as doenças associadas ao vírus.
“Eu achei super importante o evento de hoje, meu filho sempre foi vacinado de acordo com o calendário vacinal. A saúde pública depende da vacinação individual, então é fundamental que todos se vacinem e que as crianças não fiquem de fora de jeito nenhum, é seguro”, explica Elaine, que passou com seu filho no stand do evento.
A ação contou ainda com uma dupla de personagens para atrair o público infantil, além da participação do personagem Zé Gotinha, criado para campanhas de vacinação. Houve também a distribuição de sorvetes pelos apoiadores do evento, e de bolas e bottons com o tema da campanha entregues àqueles que circulavam na Avenida Paulista.
Na ocasião, mais de 3 mil pessoas foram impactadas com a Campanha de Conscientização sobre o HPV do Icesp.
“Eu não tinha me vacinado antes por algumas questões e descobri hoje que eu tinha essa chance e aproveitei. Este é um ótimo trabalho que vocês estão fazendo”, disse Martin, de 17 anos, o primeiro a ser vacinado.
“Acho super importante essa campanha porque amplia o acesso à vacinação para o público geral, ainda mais porque previne contra vários tumores. Hoje eu estava passando na Avenida Paulista e aproveitei para me vacinar”, completa a estudante Emanuele, de 17 anos.
