Campanha Outubro Rosa: conheça mais sobre a iniciativa e como se cuidar contra o câncer de mama
A campanha Outubro Rosa é um movimento internacional criado em 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, e tem o intuito de alertar a população e conscientizar sobre os sintomas, prevenir e estimular o diagnóstico precoce e tratamento.
“O Outubro Rosa é fundamental para fazer com que as pessoas lembrem da doença e saibam o que pode ser feito para diminuir o risco de ter câncer de mama. Inclusive há estatísticas do número de mamografias realizadas todo ano, de que há um pico a partir de Outubro e Novembro, resultado dessa conscientização”, esclarece a Chefe do Grupo de Oncologia Mamária, Dra. Laura Testa.
O câncer de mama é um dos tumores com maior incidência no Brasil, atrás somente do câncer de pele não melanoma, segundo a publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
“O câncer de mama, na grande maioria das vezes, quando inicial, não há sintomas. Um sinal que pode aparecer e ser uma preocupação é a saída de líquido, de forma espontânea, de um ducto ou uma mama só, pela papila e fora da fase de amamentação. Esse líquido pode ser até cristalino, como se fosse água, ou sanguinolento, e isso é um alarme. O câncer de mama na sua fase inicial é assintomático e por isso que se realizam exames preventivos ou de diagnóstico precoce, que seria a mamografia, associado ao ultrassom quando necessário”, explica o chefe do setor de mastologia da divisão de ginecologia do Icesp, Prof. Dr. José Roberto Filassi.
Dentre as ações em alusão à campanha está o incentivo à realização da mamografia. O Ministério da Saúde e o INCA, recomendam que o exame seja realizado para todas as mulheres de 50 a 69 anos, a cada 2 anos.
“Este é o método mais eficaz para detectar lesões pré-malignas da mama, como microcalcificações e pequenas lesões do tecido mamário que não são perceptíveis ainda. Entre os objetivos da campanha está a detecção precoce do câncer de mama, sendo um estímulo às mulheres para realização do exame, especialmente as que nunca fizeram”, explica o Professor Titular da Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da FMUSP, Prof. Dr. Edmund Baracat.